quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Didgeridoo



O som do didgeridoo mostra uma representação de baixas freqüências, tipicamente na faixa de 50-200 Hz, o qual tem um alto impacto físico no ouvinte e no Instrumentista. O didgeridoo não contém apenas harmônicos acima de 100 Hz, mas também freqüências extremamente baixas que vão abaixo das ondas cerebrais Alfa, enquanto que os ritmos de batidas frequentemente usados em rituais xamânicos aborígenes, e pessoas por toda parte tem experimentado como auxílio para atingir estados alterados de consciência. Isto pode ajudar a explicar porque o didgeridoo há milhares de anos atrás baseia sua trajetória no Xamanismo Aborígene e práticas de cura. Freqüências extremamente baixas são sempre produzidas pela interferência entre duas freqüências de didgeridoo próximas uma da outra: uma do zangão de harmônicos, e outra de vocais usados.
Parte dos benefícios de tocar didgeridoo é provavelmente devido à respiração circular que é mais saudável que simplesmente respirar de forma normal. De qualquer maneira, para tocar didgeridoo tem que ter muito fôlego. Quanto mais você respira, melhor você toca. Uma vez que a maioria das pessoas respira superficialmente, a quantidade extra de oxigênio através do corpo é benéfica. Tocar didgeridoo força o praticante a empurrar o ar para fora dos pulmões, invertendo a respiração rasa que é menos saudável. Se você tocar didgeridoo por mais de meia hora, já consegue se sentir mais relaxado, energizado e consciente do aqui e agora. Pode até parecer besteira falar isso, mas um tocador de didge sabe bem como é. Não precisa ser um praticante de yoga, nem de pranayamas, qualquer pessoa comum pode sentir os benefícios de se tocar didgeridoo e fazer a respiração circular.
Tocadores de didgeridoo relataram que tocar calmamente, longas notas, sem trabalho de vocalização, funciona bem para se alcançar a calma interior e o vazio. Outros tocadores tem a experiência que tocar notas prolongadas não é muito motivadora e que alguns (não muito rápidos) ritmos reforçam a atração de tocar sem prejudicar os efeitos calmantes. E há ainda os tocadores que relaxam tocando ritmos acelerados. É tudo muito pessoal. Todos somos seres individuais, e por isso se torna comum cada um ter uma sensação ou forma diferente de se alcançar o silêncio e a paz. Todos estão certos, porque quando se trata de didgeridoo, tudo é o que deve ser.

Os efeitos podem ser ampliados por alguns tocadores de didgeridoo por:

• Antes de tocar didge: Fazendo ásanas de yoga em que se alonga vagarosamente o corpo (especialmente em torno da cintura), contando a respiração a seguir(Inspira em 1, segura em 4 e solta em 2), girando a cabeça num círculo horizontal, visualizando uma conexão com a terra ou com o céu;
• Durante o toque: visualizando a respiração entrando e saindo de uma área do corpo, por exemplo, a glândula pituitária, no alto da cabeça;
• Após tocar didge: sentando-se ainda numa posição ereta, prestando atenção em como você se sente.

Como se pode ver o didgeridoo é mais que um instrumento de percussão, ele é uma conexão com o Sagrado, com o Divino. Assim como o Tambor é para os xamãs, os sinos para os tibetanos, a flauta para os hindus, o didge é para quem o toca.
Existem diversas formas de ter experiências tocando didgeridoo, basta ser aplicado e ousar um pouco e muita coisa bacana pode chegar até você.


Tradução de Chandra Veeresha - Do original emhttp://www.didjshop.com/didgeridoo_and_meditation.html
Adaptação do texto de Anand Milan

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