quarta-feira, 25 de agosto de 2010

MEDITAÇÃO COM DIDGERIDOO



Bibliotecas inteiras poderiam ser preenchidas com o que tem sido escrito sobre Meditação. Dependendo do objetivo da pessoa, a palavra é associada com relaxamento, concentração, energia, conexão, vazio, iluminação, Deus. Cada um desses conceitos representa algo onde os homens e mulheres de hoje, em meio á loucura do mundo moderno, estão desejando, algumas vezes, de forma desesperada. Existem muitas linhas de meditação e algumas das mais bem sucedidas usam o som como um instrumento para se atingir os objetivos de uma pessoa. É muito mais prazeroso e aceitável quando o som é instrumento do silêncio.
Neste caso, o didgeridoo se encaixa perfeitamente, pois seu som vai profundo - não apenas no sentido físico, mas certamente também em um sentido psicológico. A ligação entre o didgeridoo e a meditação é feita naturalmente. É por isso que neste texto a relação entre os dois é investigada e os métodos são sugeridos para efetivamente utilizar o didge como uma ferramenta na prática meditativa.


Som e Meditação

Antes de voltarmos ao didge, à função do som na meditação deve ficar clara.
A maior parte das meditações são sobre como limpar o sistema nervoso central do fluxo de pensamentos que vão em todas as direções, pelos taoístas chamado de "mente de macaco". Assim como a mente se aquieta, o predomínio de ondas Beta no cérebro (com a frequencia de 13-40 ciclos por segundo – Hertz ou Hz) é substituído pela dominância de ondas alfa com uma freqüência de 8-12 Hz, representando um estado mental de descanso e foco, gerando aumento da capacidade criativa. Indo mais baixo, para Ondas Theta (4-7 Hz) e mesmo ondas Delta (0.5- 3 Hz), nós entramos em estado de meditação profunda com mais espaço para a espiritualidade, o “centro Maior”; Deus.
Ter controle sobre a mente não é algo a ser alcançado da noite para o dia. Preferivelmente solicita-se longa prática, tornando cada vez mais fácil e rápido, mudar para a mente meditativa, sob uma considerável variedade de circunstâncias.
Muitos mestres e professores de meditação insistem em apontar para o aluno ou praticante que a mente é uma parte nossa que deve ser aniquilada, destruída. Quando na verdade a mente é uma grande aliada quando está em relaxamento, quando esta em ordem. Quando tomamos o comando da situação então à mente tem utilidade. Ninguém vai viver sem ela, ela esta ai e vai continuar. Doente ou saudável, só depende de você.
No primeiro estágio da prática de meditação até ajuda, ter algo para se concentrar, para que, como um passo intermediário, os pensamentos possam ir a uma única direção ao invés de em direções aleatórias, antes que você atinja a capacidade de substituir totalmente os pensamentos de uma forma mais pura (ou nenhuma forma, se você preferir) da consciência.
O som é uma excelente ferramenta para colocar sua mente em repouso. Ele é usado em muitas culturas de diversas formas: tamborilando, cantando ou entoando, recitando mantram ou rezando, (e certamente tocando didgeridoo). Arnold Mindell, em 'Working on Yourself Alone - Inner Dreambody Work' (1990), escreve:
“Sinais auditivos induzem a estados de transe de duas maneiras. Eles podem tirar o foco de diálogos comuns da mente, para as sensações do corpo, uma vez que ritmos e canções também podem ser sentidos fisicamente e não apenas ouvidos. Todos nós sabemos que podemos sentir as vibrações musicais do canto em nossos pulmões, costas, pescoços e cabeças.
Os sons são mais efetivos quando usados ativamente: Faça o som, certificando-se de que não está se esforçando demais mentalmente, para fazê-lo.´´


Tradução de Chandra Veeresha - Do original emhttp://www.didjshop.com/didgeridoo_and_meditation.html
Adaptação do texto de Anand Milan

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